Mochila de Hidratação pro Triatlo: Como escolher a ideal (sem errar!)

E aí, triatleta! Ou futuro triatleta (corajoso!).

Se você tá aqui, é porque já entendeu que o triatlo é incrível, mas é um teste de fogo pro corpo e pra cabeça. É um desafio animal.

E no meio de tanta coisa pra pensar (nadar, pedalar, correr, não morrer…), tem uma coisa que pode acabar com a sua prova se você vacilar: a hidratação.

Sério. Não importa o quanto você treinou, se você “quebrar” (ficar sem água ou energia), já era. E é aí que entra a famosa… mochila de hidratação.

Hoje, a gente vai bater um papo reto sobre como escolher esse treco, que vai ser seu melhor amigo ou seu pior pesadelo. Bora desvendar os mistérios disso aí.

#1 – Perdeu, mané! Onde realmente se usa isso?

Ó, antes de mais nada… o texto original que me mandaram falava de usar a mochila na NATAÇÃO.

Oi???

Gente, vamos ser claros: ninguém em sã consciência usa mochila de hidratação pra nadar no triatlo. Pelo amor de Deus! Imagina o trambolho, cheio de água, te afundando e atrapalhando a braçada. É loucura.

No triatlo, a hidratação “nas costas” é pro CICLISMO e (principalmente) pra CORRIDA.

Na bike, a mochila tem que ser fácil de pegar a mangueirinha (se você optar por uma) ou você vai de garrafa (caramanhola) no quadro mesmo. Na corrida, ela tem que ser sua sombra: leve, confortável e não pular.

E o clima? Ah, o clima… se tiver um calor de rachar, você vai precisar de mais água. Se tiver frio, talvez menos. A mochila tem que aguentar o tranco, seja no sol, na chuva ou no seu suor (que vai ser muito!).

#2 – O que essa mochila TEM que ter?

Na hora de olhar uma mochila, tem três coisas que você precisa checar:

  1. Quanto cabe nela? (Capacidade): Não é só água! Você vai levar o que? Gel de carboidrato? Paçoca? As chaves de casa? O celular? A mochila tem que ter espaço pra água E pra essas tranqueiras essenciais.
  2. Ela é confortável? (Conforto): Isso é o mais importante. Se ela for pesada ou tiver uma alça que te pega “errado”… já era. Você vai descobrir uma coisa chamada atrito (leia-se: assadura). E você não quer isso.
  3. Ela aguenta o tranco? (Durabilidade): Ela vai pegar sol, chuva, lama (às vezes) e muito, muito suor. O material tem que ser bom pra não rasgar na primeira prova.

#3 – O Tamanho: 1L, 2L ou um galão?

Calma lá. O tamanho depende da sua prova.

  • Prova Curta (Sprint/Standard): Pra ser honesto? Muita gente nem usa mochila. Uma garrafinha na bike e um cinto de hidratação (com aquelas garrafinhas pequenas) ou os postos da prova já dão conta na corrida.
  • Prova Longa (Meio-Iron ou Ironman): Aí o bicho pega. Você vai ficar horas lá. Uma mochila com 1,5L ou 2L começa a fazer sentido.

Mas o mais importante não é nem quantos litros ela carrega, é como ela veste em você.

#4 – O Ajuste: Onde a mágica acontece (ou o desastre)

Pode comprar a mochila de 1000 reais. Se ela não ajustar direito no seu corpo, ela não serve pra nada.

A regra de ouro é: A MOCHILA NÃO PODE PULAR.

Sabe quando você corre e a mochila fica “dando tapa” nas suas costas? Isso. É o inferno. Ela vai te irritar, vai te machucar e vai gastar sua energia.

Por isso, procure mochilas que parecem um “colete”. Elas vestem o corpo. Elas têm que ter aquelas alças de ajuste na frente (no peito e na barriga) pra você apertar e ela ficar colada em você. Justa, mas sem te sufocar, claro.

#5 – De que é feito o bicho?

Os nomes são chiques: Nylon, Poliéster, Ripstop…

O que você precisa saber é:

  1. É leve? Você já vai estar carregando água, não precisa carregar o peso da mochila junto.
  2. Deixa o suor sair? Procure por aquelas “telinhas” (malha respirável) nas costas e nas alças. Se for um plástico fechado, suas costas vão virar uma piscina.

#6 – Os “Penduricalhos” (Extras que ajudam)

Tem uns detalhes que fazem uma diferença danada na hora da prova:

  • Bolsos! Muitos bolsos! E bolsos fáceis de acessar. Na alça da frente, pra você pegar o gel sem ter que parar de correr ou fazer contorcionismo.
  • Refletores: Pra você não ser atropelado se estiver treinando à noite. Segurança é bom, né?
  • Apito: Sei lá, vai que você se perde no meio do mato? Brincadeira… mas muitas vêm com um apitinho de emergência.

#7 e #8 – O Preço (A facada) e a Opinião da Galera

Ok, vamos falar de grana. Tem mochila de R$ 100 e tem mochila de R$ 1.000.

A real? Não precisa vender um rim pra comprar a mais cara. Mas… aquela muito, muito baratinha, do camelô? Desconfia. Provavelmente ela vai rasgar, vazar ou te assar inteiro.

Procure o custo-benefício.

E como saber? Pergunte! Entra em grupo de triatlo no Facebook, no WhatsApp, vê review no YouTube. A galera que usa todo dia é quem sabe dizer se a mochila X é boa ou se a Y vaza depois de um mês.

#9 – Dicas Finais pra não rasgar dinheiro:

Beleza, pra fechar o caixão e você comprar certo:

  1. Pense na SUA prova: É longa? É curta? É no deserto? É no frio?
  2. Priorize o AJUSTE: Ela tem que vestir, não pular.
  3. PROVE A MOCHILA: Vai na loja. Pede pra encher o reservatório de água. Põe nas costas. Pula. Corre ali no corredor da loja (sem vergonha!). O vendedor vai te achar maluco, mas é melhor do que descobrir o problema no km 15 da corrida.
  4. Qualidade é melhor que preço: Às vezes o barato sai muito caro (e dolorido).
  5. DICA DE OURO: Comprou? Legal. Agora você vai TREINAR com ela. Muito. NUNCA, em hipótese alguma, estreie uma mochila (ou um tênis, ou uma roupa) no dia da prova. Sério. Não faz isso.

Fechando o papo…

A mochila não é só um acessório bonitinho. Ela é parte do seu equipamento de sobrevivência. Ela pode fazer sua prova ser ótima ou um completo desastre.

Então, gasta um tempinho pesquisando. Prova com calma. Testa nos treinos.

Escolhe essa mochila com sabedoria, que ela vai te salvar lá na frente, quando o cansaço bater e aquela água geladinha parecer a melhor coisa do mundo.

Bons treinos!

Posts Similares